quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Intérpretes Educacionais: estudos sobre a realidade na atuação no ensino regular[1]


ABREU, Maurem A.[2]
maurem.abreusantos@hotmail.com


Palavras-chave: Intérprete Educacional, Língua Brasileira de Sinais, Educação de Surdos.

Tema: Educação Inclusiva.
Introdução: Este artigo foi pensado a partir de leituras realizadas durante a estruturação do projeto de Mestrado do programa de pós-graduação em Educação Especial, da UFSCAR, com temas relacionados sobre a Educação destinada ao sujeito surdo em uma perspectiva de escola bilíngue inclusiva. Tem como foco de discussão o Intérprete Educacional (IE) e os estudos sobre a realidade na atuação deste profissional, no ensino regular, já que trata-se de uma prática relativamente nova em nosso país, com poucos estudos sobre sua atuação no ensino regular, porém com muitos questionamentos relevantes quanto os 1) processos de interpretação, 2) aprendizagem do surdo e 3) as relações construídas no contexto escolar.
Materiais e Métodos: Este estudo traz uma abordagem com enfoque qualitativa, por leituras de estudos relacionados a surdos na escola e o Intérprete Educacional no ensino regular.
Resultados: Os estudos abordam, inicialmente, a pouca ou nenhuma formação específica de muitos profissionais, que atuam como IE, em áreas correlacionadas a Educação e destaca o contato e a construção com a LIBRAS pelo convívio direto com as comunidades surdas, seja por meio de eventos informais de lazer ou no contato religioso. Tal situação garante a muitos profissionais a fluência e domínio da língua de sinais, mas por outro lado pode não ser um fator que propicie uma atuação efetiva no ambiente educacional. O IE tem como princípio profissional, 1) a mediação nas interações linguísticas, sociais e culturais entre sujeitos presentes no contexto escolar e, segundo Lacerda (2009), possibilitar a comunicação entre surdos e ouvintes, a fim de se efetivar a inclusão escolar. (p.28) e, ainda conhecer as perspectivas gramaticais da língua, devendo compreender as condições de constituição do sujeito e as relações existentes com a língua e os diferentes usos da linguagem. Os estudos revelam que esta tarefa de atuação e o interpretar não são nada fáceis, apontando o sofrimento e inquietações no IE, ocasionados pelos limites que se impõem quanto ao pouco conhecimento relacionado aos temas educacionais e, significativamente, quanto ao 2) processo de aprender do aluno surdo. (RUSSO, 2009). Os cursos de formação para Intérpretes existentes poderiam abordar estas questões educacionais, porém não possuem direcionamento para as diferentes áreas do conhecimento, seguindo com formações específicas quanto à atuação na tradução e Interpretação. 3) Contudo, ao buscar construir relações no espaço escolar, o IE precisa assumir algumas demandas que perpassam a imparcialidade no ato de interpretar, tais como, as relações interpessoais entre professores e alunos, assim como, nas questões que se relacionam ao currículo. (LACERDA, 2000; RUSSO, 2009), tomando para si em muitos momentos a construção do conhecimento do aluno surdo.
Conclusão: Muito ainda precisa ser compreendido quanto a atuação do IE no contexto escolar e a busca pela construção de uma identidade enquanto constituição de um sujeito profissional. São, ainda, poucas as escolas que buscam neste profissional a parceria no atendimento ao aluno surdo, mesmo pensando em uma educação pela perspectiva bilíngue. As poucas experiências trazidas pelos textos estudados mostram a importância de se pensar em uma formação específica do IE com questões voltadas à área educacional.

(Referências: LACERDA. C.B.F. de. Intérprete de LIBRAS em atuação na educação infantil e no ensino fundamental. Porto Alegre. Mediação/FAPESP, 2009; LACERDA, C.B.F., GÓES, M.C.F. (org) Surdez: Processos Educativos e Subjetividade. São Paulo: Editora Lovise, 2000.; RUSSO, A. Intérprete de Língua
de Sinais: uma posição discursiva em construção. Porto Alegre: UFRGS, 2010. 111f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.)


[1] Trabalho apresentado no IV Congresso Nacional de Diversidade e Inclusão em 2011.
[2] Pedagoga, habilitada em Educação Especial pela UNESP – Marília. Mestranda pelo Programa de pós-graduação em Educação Especial pela UFSCAR- São Carlos. Bolsista Capes. Professora de AEE da rede municipal de Educação de São José dos Campos/SP.

sábado, 3 de novembro de 2012

Livro educa

Em muitos momentos, conversando com colegas deparei-me como quão rico é a prática do professor em sala de aula. Ouvi dezenas, centenas de ações e atividades que simples ou mais elaboradas se mostraram eficazes para determinados momentos ou que supriram as expectativas de um ano todo.

Ponte japonesa - releitura de Monet por aluno com suspeita de síndrome de Aspeger em 2007. Sala de Recursos.

Fiquei pensando como que mesmo com tão poucos recursos (muitas vezes saídos de seu próprio bolso), com precariedade de informação, ideias são postas em prática podendo mudar um comportamento, uma sala de aula, uma escola, uma comunidade inteira.


Ações, estas, que muitas vezes não são divulgadas pois não tiveram presentes personalidades midiáticas ou personalidades estatais. Apenas fizeram diferença entre quatro paredes de uma sala ou de uma escola e que, mesmo não tomado as devidas proporções em holofotes, farão a eterna diferença na vida, no futuro de tão pequenos sujeitos. 

Práticas docentes que de tão fascinante muitas vezes se perdem em meio a um emaranhado de papéis burocráticos que impossibilitam a continuidade e a reflexão para o aprimoramento.  Muitas vezes ofuscada pelas faltas de oportunidade e de incentivo. Não bastam recursos refinados pois sem ter criatividade para saber usá-los não se tem resultados. Nisto, muitos professores podem ter seu reconhecimento, pois conseguem criar propostas pedagógicas magníficas e eficazes de um grão de areia, ou de um alfinete, sem tanta modernidade. Imagine estas cabecinhas criativas acompanhada de incentivo, recurso e oportunidade?

É inacreditável o que um professor pode realizar com uma simples ideia e vontade de trabalhar.

Vamos fazer estas ideias aparecerem! 

Você professor! Tenho certeza que já realizou alguma ação em sua escola que, por mais que pense que seja pequena e insignificante, teve grande repercussão em uma, duas três...aulas, ou em uma no letivo. Ideias que lhe tenham deixado orgulhoso de ser professor e de estar neste papel, mesmo que o mundo inteiro diga o contrário.

Compartilhe conosco sua ideia de sucesso!

Vamos montar um livro de ideias de sucesso e trocar estas experiências com todos que quiserem compartilhar.

Para facilitar a postagem não esqueçam de incluir
*Seu nome:
Email para contato:
Cidade:
Estado:
Série:
Área aplicada:
**Relato de sucesso:

Preparados para as trocas?
Aproveitem....
Abraços
Profa Maurem


*Só tomem o cuidado para não divulgar fotos e nomes de pessoas ou locais de trabalho sem autorização prévia.

**Caso queiram postar a prática com mais detalhes envie para o email: maurem.abreusantos@hotmail.com. No email devem constar em anexo documentos com autorização de exposição de imagem e nomes dos participantes e as fotos que desejar.